16.1.10

Acordo Ortográfico

Por cima da lei


      Eu também deposito grande esperança no futuro vocabulário ortográfico comum. Tenho é sérias dúvidas que a comissão que o venha a elaborar possa alterar, sem um mandato específico, o que foi consignado no texto do Acordo Ortográfico de 1990. Da nota que se segue de D´Silvas Filho, deduzo que este consultor do Ciberdúvidas pensa o contrário: «Nota: em trocas de impressões com a ilustre consultora de Ciberdúvidas Prof. Dra. Edite Prada sobre este assunto, foi-me sugerido que as inovações contra o texto do Acordo poderiam aparecer como variantes às soluções recomendadas no Acordo de 1990 (ex. meu: cor-de-rosa/cor de rosa). Considero esta ideia uma boa solução, como preparativo para eventuais alterações do Acordo na altura de elaboração do Vocabulário Comum.»
      No limite, dependendo de quem integre a comissão, poderíamos vir a ter um antiacordo. Nesse caso, creio que a língua portuguesa e todos os seus falantes ficavam mais bem servidos se houvesse um novo acordo, mais bem estudado, mais consensual, mais abrangente, menos lacunar.

[Post 3027]

1 comentário:

José Paulo disse...

Helder,
Embora favorável ao Acordo,devo reconhecer que há muitas incongruências. Hoje ressalto uma delas:
Deve-se eliminar o hífen nas palavras compostas onde apareça preposição (bola-de-neve(fig), dia a dia). Agora, por que colocar o hífen em pé-de-meia, cor-de-rosa,à queima-roupa,água-de-colônia e arco-da-velha). Uso consagrado?
Não conheço nada tão consagrado quanto pé-de-moleque e mão-de-obra (palavras que devem agora ser grafadas sem hífen. Essa é de doer...
Gostaria muito de estabelecer contato com o amigo para discussão deste e de outros assuntos ligados ao Português.