«Na carrinha entretanto recuperada (fora furtada no ano passado na zona de Castelo Branco e circulava com diversas matrículas falsas), a GNR veio a encontrar pás e enxadas, algumas peças de vestuário e dois detonadores eléctricos. As pás e as enxadas significam que os suspeitos teriam já escavado um zuro (esconderijo no chão onde colocam recipientes com armamento). Apesar da descoberta dos detonadores, a GNR só veio a comunicá-la à PJ no final da tarde de quinta-feira» («GNR descobriu em Óbidos mais explosivos do que a ETA fez rebentar em 2009», José Bento Amaro, Alexandra Barata e Nuno Ribeiro, Público, 6.2.2010, p. 10).
Que interesse pode ter para os leitores portugueses saberem que em basco se chama zuro ao esconderijo no chão onde se ocultam recipientes com armamento? Por mim falo: nada. E mais: está errado. A palavra é zulo, que significa «buraco; esconderijo no chão» e, segundo alguns etimologistas, poderá provir do celta silon, «semente; celeiro».
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