3.2.10

Tradução: «Hippocratic oath»

Juras e pragas


      «Os serviços de saúde de Mossul — em tempos dos melhores do país, assentes em pessoas como Ali, que tinham estudado no estrangeiro e nutriam um profundo respeito pela sua jura hipocrática — praticamente desapareceram» (Fim de Tarde em Mossul, Lynne O’Donnell. Tradução de Ana Saldanha. Queluz de Baixo: Editorial Presença, 2008, p. 133).
      A tradutora deve ter jurado a si mesma que não usaria mais letras do que na expressão inglesa, Hippocratic oath, e conseguiu, mas com batota. Em português diz-se juramento hipocrático e não jura hipocrática.

[Post 3092]

1 comentário:

Anónimo disse...

No Brasil, diz-se "Juramento de Hipócrates", que é uma declaração solene, tradicionalmente feita por médicos, por ocasião de sua formatura.
Segundo o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP), o Juramento está assim redigido:
"Eu juro, por Apolo médico, por Esculápio, Hígia e Panacea, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue:
Estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porem, só a estes.
Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. .
A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva.
Conservarei imaculada minha vida e minha arte.
Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam.
Em toda casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução, sobretudo dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados.
Aquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.
Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça."

Comentário do Benévolo, do Brasil