«Na conta bancária, que foi congelada, tinha 355 mil euros» («Idosa emprestava com 30% de juro», A. S. C., Correio da Manhã, 20.3.2010, p. 51).
A melhor definição é a do Dicionário Houaiss: «tornar momentânea ou definitivamente indisponível (dinheiro, bens, etc.); bloquear, imobilizar». O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa nem sequer regista o vocábulo (vejam lá isso, meus senhores). É, como regista aquele dicionário, uma derivação por metáfora. E se é mais vulgar referir-se a dinheiro, também se vê aplicado (e a definição reflecte-o) a bens: «As casas, os carros e as contas bancárias da família (excluindo o património do filho, José Augusto de Oliveira e Costa) estão congelados com o objectivo de compensar o buraco de quatro mil milhões de euros que Oliveira e Costa deixou no BPN» («Retiram bens a clã Oliveira e Costa», Miguel Alexandre Ganhão, Correio da Manhã, 19.3.2010, p. 10).
[Post 3262]
4 comentários:
Caro Helder,
Escreveu, a propósito de CONGELAR: «O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa nem sequer regista o vocábulo (vejam lá isso, meus senhores».
Tem a certeza? Eu leio aí as acepções:
4. Não permitir variação em determinados valores (ex.: congelar os salários).
5. Impedir a movimentação de valores (ex.: congelar a conta). = bloquear, embargar
Ou estou a entendê-lo mal?
Caro Fernando,
Quando consultei o referido dicionário, não estavam lá essas duas acepções, garanto-lhe. Se fosse um dicionário de papel, tratar-se-ia certamente de uma alucinação, mas o digital tem esta facilidade.
Caro Helder,
E se a Priberam estiver a seguir o LETRATURA (o que só fica bem a toda a gente!), e a reagir célere e adequadamente?
É um cenário concebível.
Se, não. Está mesmo: já por aí deixaram comentários.
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