«Energia geotérmica é a energia disponível como calor emitido do interior da crosta terrestre, geralmente sob a forma de água quente ou de vapor. A geotermia de alta entalpia é normalmente utilizada para a produção de electricidade e a de baixa entalpia apenas para a produção de calor», acabei de ler. Cá está, pelo menos para mim, um termo novo: entalpia. O Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora apresenta o respectivo verbete com três acepções: no âmbito da Física e da Química, características de um sistema termodinâmico que é a soma da energia interna e do produto da pressão pelo volume; conteúdo calorífico e calor total. O Dicionário Houaiss só apresenta uma acepção, mas, em compensação, regista locuções: entalpia de fusão, entalpia de sublimação, entalpia de vaporização e entalpia livre. O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa diz que é «palavra reconhecida pelo FLiP mas sem definição no dicionário». O Grande Dicionário da Língua Portuguesa coordenado por José Pedro Machado também não regista o vocábulo.
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1 comentário:
Tentando melhorar o significado:
A criação do termo H, entalpia (do grego «enthalpien» (aquecer) através do inglês «enthalpy»), é apenas uma formulação de conveniência científica, no caso da Termodinâmica, que complementa, a nível microscópico, o termo U de energia interna dum sistema material estacionário com uma parcela complementar PxV (pressão no sistema multiplicada pelo volume ocupado pelo sistema) contemplando a «energia de fluxo» representando a energia aplicada para manter o movimento desse fluxo material (sistema de partículas materiais em deslocamento): H=U+PV. As suas unidades são as usuais da energia: J (de Joule), por exemplo.
Considera-se, em Termodinâmica, que a energia interna U é a soma de todas as energias cinéticas e potenciais das moléculas do sistema material com massa (Energia Sensível), das energias das ligações intermoleculares (Energia Latente), das energias das interligações entre os átomos (Energia Química) e das energias das ligações nos núcleos atómicos (Energia Nuclear). Estas duas últimas energias só são consideradas, respectivamente, quando os sistemas em estudo envolvem reacções químicas (com alteração dos constituintes do sistema) ou nucleares (com a fissão ou fusão de núcleos dos átomos).
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