Muito havia a dizer sobre coesão textual nos textos jornalísticos, assim como acerca da adequação dos títulos. Num artigo publicado na edição de domingo do Correio da Manhã, lê-se este título: «Chefe da PSP detido por agredir juíza». O leitor atira-se logo à leitura com uma só ideia: conhecer rapidamente o motivo deste acto de lesa-autoridade. Ainda saliva quando começa a ler o primeiro parágrafo: «Um chefe da Polícia foi ontem detido em flagrante, no Porto, pelo crime de violência doméstica.» Se era para enganar o leitor — que é o que configura o título, um engano, um embuste —, para quê o anticlímax logo no primeiro parágrafo?
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