18.4.10

Tradução: «hall»

Olé!


      Não digam a ninguém: odeio o anglicismo hall. Desde sempre. Às vezes, até me pergunto como o escreveria quem o usa. «Ole»? Nesta tradução que tenho citado nos últimos posts, lê-se, como tradução de hall, vestíbulo: «Entrou em casa, atravessou rapidamente o vestíbulo revestido de mosaicos pretos e brancos — quão familiar e irritante era o eco dos seus passos! — e parou para tomar fôlego à porta da sala de estar» (Expiação, Ian McEwan. Tradução de Maria do Carmo Figueira e revisão de Ana Isabel Silveira. Lisboa: Gradiva, 5.ª ed., 2008, p. 30). Mas esta obra deixa-nos desgostosos com outras opções, por vezes meramente gráficas. Por exemplo, porquê usar prima dona se os dicionários da língua portuguesa registam prima-dona, ainda por cima aportuguesamento nada forçado? «— Cala-te, por amor de Deus! És uma prima dona muito cansativa. Eles não tinham meias lavadas e eu fui buscar umas tuas» (Expiação, Ian McEwan. Tradução de Maria do Carmo Figueira e revisão de Ana Isabel Silveira. Lisboa: Gradiva, 5.ª ed., 2008, p. 163).

[Post 3358]

Actualização em 21.06.2010

      «Voltou ao palco, agradecendo, sorridente e graciosa, uma ovação tal que teria satisfeito uma prima-dona» (Isabela, Ethel M. Dell. Tradução de Fernanda Rodrigues. Lisboa: Editorial Minerva, s/d, p. 259).



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