20.5.10

«Boa/boá»

Essa é boa!


      «Espalhafatosamente, como quem enrola uma boa de penas de avestruz ao pescoço, Cavaco Silva promulgou o casamento gay. Feito drama Queen de primeira, anunciou que não queria, mas fazia, por causa da “situação dramática” do país. Porque não queria que os políticos se “desviassem”» («O cu com as calças», Miguel Esteves Cardoso, Público, 19.5.2010, p. 43).
      O Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora — que vergonha! — não regista a variante, muito mais usada, boá (a reproduzir a pronúncia mais habitual, não a única, do étimo francês). Regista-a o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Regista-a, pois claro, o Dicionário Houaiss: «espécie de estola estreita e comprida, de peles ou de plumas, usada ao pescoço como peça do vestuário feminino». Para este dicionário é do género masculino, mas para os outros dois é do género feminino (lembrem-se do caso, recentemente aqui tratado, do/da pampa).

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