Tinha de chegar cá através das traduções: «Ainda bem que para mim, embora talvez seja mau para a Gwen, que não passo de uma secretária solitária, que mora nos subúrbios e gosta de vodka e de cigarros, em vez de ser... sei lá, uma stripper bicuriosa e ligeiramente viciada em cocaína — fico com a sensação de que, com tamanho potencial para o desastre, a Gwen faria valer os seus dotes como uma espécie de personagem shakespeariana corruptora da inocência» (Julie&Julia, Julie Powell. Tradução de Fernanda Oliveira e revisão de Eda Lyra. Lisboa: Bertrand Editora, 2.ª ed., 2009, p. 137). Numa nota de rodapé, a tradutora explica o neologismo, do inglês bi-curious: «Termo usado em relação a alguém que não se identifica como bissexual ou homossexual, mas mostra alguma curiosidade numa relação com alguém do mesmo sexo.»
Será que o Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa (São Paulo: Editora Nova Geração, 2010), com 2088 páginas e 200 mil verbetes actualizados, acolhe o neologismo?
[Post 3455]
3 comentários:
Alguém podia atrever-se a escrever "estríper"... Já está na hora :-). E "vodca" já não está aportuguesa há tempos?
Experimentem bibisbilhoteiro, bibisbilhotice, bibisbilhotar. Não exijo comissão.
Nem os dicionários gerais em inglês registram o termo, que só é encontrado em dicionários ou glossários típicos de portais da internet.
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