«Aliete Cunha-Oliveira e outros investigadores escreveram num artigo que a palavra “preservativo” é demasiado erudita. “Não será por acaso que os brasileiros utilizam o termo ‘preservativo’ nas comunicações e nos trabalhos científicos, mas privilegiam a designação ‘camisinha’ para as mensagens preventivas.” Em 2000, a CNLS promoveu um spot que utilizava “camisinha”: “Usa sempre camisinha, não ponhas em risco a tua vida e a dos outros.” Mas foi passageiro. A palavra “preservativo” prevaleceu, mas transmite “a ideia de intrusão da medicina e dos cuidados profilácticos no terreno da intimidade”» («À procura de um slogan para o preservativo», Raquel Ribeiro, Pública, 2.5.2010, p. 60).
Num mundo feito de linguagem, há palavras que matam. Ainda assim, talvez, neste caso, se esteja a sobrestimar a linguagem. A informação só passa pela linguagem?
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1 comentário:
Camisa-de-vênus parece ter sido definitivamente abandonada... :-(
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