Ainda Uma Aventura no Egipto. Ema Lagarto, arqueóloga, encontrara nas escavações do Vale das Rainhas, na margem ocidental do rio Nilo, um gato de madeira com aplicações de ouro. Guardara-o no cofre, mas agora tinha sido furtado. Explica agora à filha e às outras pessoas: «— Um gato envolto em terruço, compreendem? Fiquei louca de alegria, trouxe-o aqui para casa, retirei a terra e limpei a peça com mil cuidados» (Uma Aventura no Egipto, Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada. Lisboa: Editorial Caminho, 4.ª ed., 2008, p. 58).
Conhecia «terriço», registado em todos os dicionários e que julgo corresponder exactamente ao mesmo: «Terra formada pela decomposição de substâncias animais e vegetais misturadas com o solo ordinário» (in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa). Terruço, pelo contrário, só vejo registado no Dicionário Mirandês-Português de Amadeu Ferreira e José Pedro Cardona Ferreira: «terruço s. m. (dim. de tierra) Terra de fraca qualidade, nomeadamente aquela que aparece quando se abre uma cova para plantar: al scabar solo me salie a modo un ~ i you lhougo bi que l’oulibeira nun me iba a pegar.»
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