«Aconteceu em plena audiência de um Julgado de Paz em Bruxelas. Um homem entrou na sala e sentou-se, aparentemente calmo. Quando a audiência estava a terminar, aproximou-se do oficial de justiça e agrediu-o com um objecto contundente, matando-o. Depois, sacou de uma arma e disparou mortalmente contra a juíza, Isabelle Brandon, pondo-se em fuga» («Matou juíza a tiro durante audiência», Sabrina Hassanali, Correio da Manhã, 4.06.2010, p. 39).
Para quê as maiúsculas se o tribunal está indeterminado? E se fosse outro tribunal? O Jornal de Notícias titulou: «Assassino assistiu à audiência antes de matar juíza num tribunal belga». Este jornal também não usa a locução «oficial de justiça», mas «funcionário judicial». Se consultarmos um dicionário francês, greffier, a palavra usada na imprensa de língua francesa, é traduzido por «escrivão». (Contudo, só na carreira judicial é que vamos encontrar as categorias de escrivão auxiliar, escrivão-adjunto e escrivão de direito, e os julgados de paz são tribunais extrajudiciais.) Ora, a correspondência com os julgados de paz portugueses não é perfeita, pois os nossos não têm quadro de pessoal. Assim, não há nem oficiais nem funcionários judiciais.
[Post 3556]
Sem comentários:
Enviar um comentário