Nem é preciso ler a palavra «contra-relogista» (e na semana passada li-a em dois jornais) para me lembrar da copidesque do Público. Basta algo semelhante, e ontem foi a palavra «bicavalista». Perguntou o jornalista do Diário de Notícias: «O que é um bicavalista?» O entrevistado não era de poucas palavras: «É um adepto dos automóveis 2 cavalos; o termo deriva de bicavalaria. É um apaixonado por este carro simples, mas que é uma grande máquina. Somos amantes e fãs destes veículos — que procuramos manter, conduzir, conservar, divulgar —: o 2 cavalos original, como é o meu caso, mas também da Dyane, do AMI8 e do Mehari. Todos estes carros fazem parte da bicavalaria» («Trabalhei na fábrica da ‘Citroën e apaixonei-me pelo 2 cavalos”», Amadeu Araújo, Diário de Notícias, 25.07.2010, p. 68).
O processo de formação é um tudo-nada mais engenhoso, mas o que está em causa é justamente o mesmo. Será que a copidesque cortava a palavra? E substituía-a por quê? Só pode ser para rir.
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