Faz o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora muito bem em autonomizar o substantivo plural «banhos», ao contrário do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, que o inclui no verbete «banho». Banhos, no plural, é o anúncio oficial de um casamento, também chamados proclamas, e não têm nada que ver com o étimo de «banho». Agora, vejo aqui em Cervantes que o conde mandou «echar bando por toda su armada que, so pena de la vida, volviese la niña cualquiera que la tuviese». Aquele echar bando é o mesmo que publicar um édito e o étimo de «bando» é justamente o mesmo dos nossos «banhos»: o francês ban, e este do frâncico ban.
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