«O que trouxe para terreiro uma categoria de nacionalidade desconhecida — até agora não havia senão franceses, franceses (incluindo o filho de imigrante húngaro que chega a Presidente). Já Chávez absteve-se dos seus longos monólogos televisionados (no programa semanal Aló Presidente), mas encontrou uma fórmula melhor para chamar atenção. Depois de dias desaparecido, telefonou para a televisão pública VTV dizendo que lhe dá “tristeza e dor passar quatro, cinco e seis horas revendo planos de guerra.”» («Sarkozy e Chávez vão para a guerra», Ferreira Fernandes, Diário de Notícias, 2.08.2010, p. 52).
Está bem, o corpo, mais maciço que marcial, de Hugo Chávez oculta a vírgula, mas ela é necessária, como em português, para isolar o vocativo: «Aló, Presidente». Se escribe coma para separar un vocativo del resto de la oración, prescrevem todas as gramáticas de espanhol.
[Post 3756]
1 comentário:
O erro não é só do jornalista. O próprio sítio do programa na Internet (www.alopresidente.gob.ve) ora escreve «Aló, Presidente», ora «Aló Presidente». E o identificador do programa (na imagem, por trás de Hugo Chávez) não contém a vírgula.
Desculpemos os venezuelanos, que infelizmente têm de estar preocupados com outras questões, bem mais importantes do que a gramática.
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