Anatomia morcegal. Tirada daqui
Andava a passear de bicicleta com a minha filha na ciclovia do Bairro da Quinta do Bom Nome, ao lusco-fusco, e nisto, vi um morcego a esvoaçar vertiginosamente. E depois outro. E depois outro. Três morcegos minúsculos. De que precisava eu ali? Um jornalista saberia: uma bat box! «A identificação das espécies existentes é feita através de uma “bat box” (em português, caixa de morcegos), que detecta ultra-sons emitidos pelos animais, permitindo assim aos especialistas perceber de que se [sic] espécie se trata» («Visita nocturna a gruta de morcegos em Alte», Jornal de Notícias, 30.08.2010, p. 38). A minha filha queria apanhar um. Era bom, era. Também eu, sobretudo para ver o patágio (do latim científico patagium, «franja»), a membrana que liga os membros anteriores e posteriores. Voltando às bat boxes: pelo que vejo, também é o nome que se dá aos abrigos artificiais que se proporciona a estes mamíferos voadores. E quanto à etimologia do vocábulo «morcego»? No radical identificamos logo o latim mūs,mūris, «rato», sob a forma popular «mor», mais «cego». E não dizemos cego como um morcego? Alguns jornalistas portugueses dirão as blind as a bat...
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