16.10.10

Ensino

Lá como cá


      Há trinta anos, em Espanha, todos os alunos com menos de 10 anos sabiam o nome das letras no plural: a/aes; e/ees;/i/íes; o/oes; u/úes. Agora, disse-me ontem um professor de Espanhol, só três em cada dez vezes é que se ouve tal. Agora, é as, es, ís, os e us. A ponto de as gramáticas terem tido de admitir a mudança. Talvez seja escusado dizer que, comparando alunos do ensino básico espanhóis e portugueses, estes ficam sempre para trás, conforme o provam estudos internacionais. Em tudo: na identificação de letras e grafemas, na latência da resposta de leitura em voz alta e sobretudo no domínio da descodificação na leitura de pseudopalavras (palavras fictícias, digamos, formadas por uma combinação de fonemas ou grafemas que não existem no léxico de uma língua).

[Post 3977]

3 comentários:

Anónimo disse...

Enfim, «Cá e lá más fadas há», como cantou o bom Sá de Miranda, o que nem por isso serve de grande consolo. Por todo o lado o sistema oficial de ensino forceja por não sobrecarregar «o jovem», como agora se lhe chama, com rudimentos de espécie alguma de disciplina, deixando-o sair dos seus estabelecimentos tão virgem de tudo como quando para lá entrou, a bagatela de 12 ou 14 anos antes, quando não mais. Virgem de tudo, digo, menos da coisa propriamente dita, porque consta que doravante vai receber esmerada educação sexual nos tais lugares.
- Montexto

Anónimo disse...

E educação com recurso a larga parafernália de instrumentos espertos e gráficos muito científicos para não perderem pitada.

Anónimo disse...

No endereço http://blogclaudiocezarhenriques.blogspot.com/
estão duas tabelas relativas ao emprego do hífen e uma terceira à acentuação gráfica, de acordo com as regras do Novo Acordo Ortográfico.

Fica aqui a nota para o caso de entender que terá interesse divulgá-las junto de quem, não sendo estudioso destas matérias, goste de conhecer e de aplicar as regras, como é o caso deste seu leitor.
MFCR