É mesmo: Monaco di Baviera é o nome italiano para... Munique! Mais um falso amigo, este raro, no âmbito dos topónimos. Nos substantivos e verbos, são mais que muitos: abbonato não é «abonado», mas «assinante»; accattare não é «acatar», mas «mendigar»; accordare não é «acordar», mas «afinar; conceder»; additare não é «juntar», mas «apontar; indigitar»; agguantare não é «aguentar», mas «agarrar»; appostare não é «fazer uma aposta», mas «armar uma cilada»; attirare não é «lançar algo», mas «atrair, aliciar»; a battuta não é o «bastão delgado com que os regentes dirigem as orquestras», mas «compasso musical»; burro não é o simpático animal, mas «manteiga»; carpire é «surripiar»; carta é «papel»; cattivo é «mau»; sigaro é «charuto»; consulente é «consultor»; enfiare é «inchar»; subire é «sofrer»; tasca é «algibeira», testa é «cabeça»; trincare é «beber muito»... Basta. E quantas obras italianas se traduzirão para português anualmente?
[Post 3980]
3 comentários:
Caro Helder,
leio hoje no site de um dos nossos melhores jornais que "O governo está a reagir de supetão para estancar uma hemorragia".
Engano-me ou o governo está a reagir de sopetão?
O engano é seu, caro anónimo.
Mestre,
ao fim de tantos anos de paixão pela peça A Tempestade, de Shakespeare, só graças a si posso agora relacionar o nome de uma das personagens, o mordomo (e bêbado) Trinculo, ao verbo italiano trincare.
Obrigada,
Susana
Enviar um comentário