«Ou porque os chinas senhorearam muitas partes da Índia e as conquistaram nos tempos antigos, de que hoje em dia há algumas memórias, como na costa de Choromandel, que é na contracosta do reino de Narsinga, da banda donde chamamos São Tomé, por ali estar a casa fundada pelo apóstolo e as relíquias de seu corpo» (Tratado das Coisas da China, Fr. Gaspar da Cruz. Introdução, modernização do texto e notas de Rui Manuel Loureiro. Lisboa: Biblioteca Editores Independentes, 2010, pp. 79-80). Pois, agora dizemos Coromandel, mas veja-se o que escreve Rui Manuel Loureiro em nota de rodapé: «Embora mais tarde, por via inglesa, se tenha vulgarizado o topónimo Coromandel, quase todos os autores portugueses quinhentistas se referem a Choromandel, termo que restitui mais fielmente o original tamil Choromandala, a “terra dos Cholas”» (idem, ibidem, p. 79).
[Post 4043]
6 comentários:
E sempre os Portugueses e o português a cederem-lhe.
- Montexto
E sempre o Montexto... =)
Espero que sim.
- Montexto
E a culpa é nossa (isto é, dos portugueses -- nomeadamente os dos meios de comunicação -- que aceitam os modismos estrangeiros, renegando as origens de antanho). Voltando a Achém, Samatra, Malucas, Mombaça, Marráquexe, Florida, Bengala (porquê Bangladesh?) ...
Baçorá, Calecut, Cambaia, Conchinchina,Guzarate,etc., no Novo Diccionario da Lingua Portuguesa (1806), de autor anônimo (Joaquim José da Costa e Sá? o impressor Roland, copiando Moraes, que compilou Bluteau?)
Até que enfim, começo a ouvir gente que conhece e reivindica o que é seu! Nunca a voz lhe doa.
- Montexto
Enviar um comentário