O jornal Público tem uma estranha forma de tratar os textos dos cronistas a quem permite que escrevam segundo as normas do novo acordo ortográfico. Pendente como uma bula, no fim da crónica («Privilégios regionais», Vital Moreira, Público, 7.12.2010, p. 37) de Vital Moreira pode ler-se: «a pedido do autor, este artigo respeita as normas do Acordo Ortográfico». Afirmação, decerto, com reserva mental, pois não dizem de que acordo ortográfico se trata. Ficamos logo esclarecidos quando lemos estes vocábulos no texto daquele eurodeputado: actual, efectuada, objecção, excepção, objectivamente, objectiva...
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6 comentários:
O corolário do novo acordo é simples: cada um escreve como lhe der na real gana.
Porquê? Antes do novo acordo não vigorava acordo nenhum?
Ao menos a crônica é toda coerente na grafia que se propõe a adotar?
Por acaso estive a ler a crónica de Vital Moreira de hoje (14/12/2010) e, desta vez, não encontrei erros. Lá estão, como devem estar, as seguintes palavras: efetuada, abstrato, fatores, ação, seletividade, afetem, indefetível.
Já agora: reparou que os opositores ao AO de 1990 leem o Expresso sem dificuldade? e não vejo que se queixem!
Toda a mudança levanta a sua poeira. Lá há-de assentar, e tudo entrará nos eixos, - mais ou menos, como sempre.
- Montexto
Confesso que desisti do saco de plástico quando se naturalizou brasileiro. Ler em lulês é demasiado expesso; faz-me muita confusão, a somar ao lastro que já era.
Cumpts.
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