Até um jornalista como Eurico de Barros confunde rebuliço com reboliço. «Foi uma surpresa total. Eu fui com uma pessoa amiga que é de lá e ele tinha-me passado fotografias e vídeos, e achei que ia encontrar um lugar cinzento, triste, destruído. E aquilo que vou encontrar é completamente diferente. Pristina é uma cidade pequena, mas em constante reboliço, com muita construção, imensa gente, muita gente jovem, muitas raparigas bonitas — não estava mesmo à espera disto! —, tudo me surpreendeu. Pensei que ia para um lugar com todos os motivos para ser triste e deprimente, mas que acabou por não o ser» («“Fiquei surpreendido com o que encontrei no Kosovo”», Eurico de Barros entrevista o autor e ilustrador português Ricardo Cabral, Diário de Notícias, 29.11.2010, p. 48).
(Oportunidade para ver aqui a excelente obra de Ricardo Cabral.)
[Post 4171]
3 comentários:
"Eu fui com UMA PESSOA AMIGA que é de lá e ELE..." Está assim escrito, ou foi falha na transcrição?
Tal qual.
Certo. Mas consulte-se o «Aulete Digital». Lá se encontrará: «Reboliço: 3. Agitação, confusão, m. que "rebuliço"», e toca a abonar com: «A casa vivia num reboliço constante», respigado da «Casa de Pensão», de Aluísio de Azevedo, nome importante das letras brasileiras.
Cândido de Figueiredo costumava repetir que não há erro que não se possa justificar durante cinco minutos.
- Montexto
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