As trufas voltaram ao Diário de Notícias. (São notícias repetidas, mas só para os leitores regulares...) Desta vez, a jornalista (não sabemos se a mesma, mas Nysse Arruda já a conhecemos de outros balanços) acertou no topónimo: «Apreciada desde os tempos dos sumérios, em torno de 1700-1600 a.C., a trufa branca tem sido considerada um fruto precioso e raro e motivado lendas e tendências em todas as épocas — para os gregos era um fruto tão valioso que os cozinheiros que inventassem novas receitas mereciam a cidadania; durante a Idade Média chegou a ser considerado um alimento do Diabo ou dos bruxos e feiticeiros, porque não se conseguia perceber se a trufa era um animal ou vegetal; mais tarde, os nobres e a realeza europeia consideravam-na como o melhor produto gourmet, especialmente na região do Piemonte, Norte de Itália» («Trufa-branca, a iguaria mais rara», Nysse Arruda, Diário de Notícias, 10.12.2010, p. 48). Mas depois, sai isto: «O requintado jantar começa com um quase etéreo prato de topinambour (uma espécie de alcachofra conhecida como alcachofra-de-Jerusalém) e girolles (um delicado cogumelo) com trufa-branca”, seguido por um ravioli de pecorino e parmesão com caldo de trufa-branca”» (idem, ibidem).
Como brasileira que é, a jornalista devia estar alerta: há ali uma palavra do tupi disfarçada de francesa. Topinambour, exactamente. Em português diz-se topinambo, topinambor, tupinamba, tupinambo. Chega? Quero lá saber como dizem os chefes. Eu também não lhes digo como devem preparar as trufas. E mais: é alcachofra-de-jerusalém.
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