«O equipamento para o cavalo, com sela, cabeçada e protecção dos cascos ronda um investimento na ordem dos dois mil euros. Já o equipamento do cavaleiro custará sensivelmente o mesmo e é composto por casaco, colete, culotte (calças), botas, capacete e chicote» («Dezoito milhões de euros em cavalos», Sérgio Pires, Diário de Notícias, 10.12.2010, p. 36).
É como se escreve sempre — mas a palavra está aportuguesada há bastante tempo: culote(s). Claro que parece mais fino, sobretudo porque no artigo principal e num de apoio se refere a multimilionária Athina Onassis e os seus milhões. É «herdeira de uma fortuna estimada entre 750 milhões e 1,5 mil milhões de euros», lê-se no artigo. Pode ser e pode não ser: num artigo mais à frente, «Em lágrimas Oprah Winfrey nega ser lésbica» (p. 53), lê-se que a apresentadora «tem uma fortuna avaliada em cerca de dois milhões de euros». Bah.
[Post 4179]
1 comentário:
«Culote» ainda não consta na 8.ª edição do Dicionário da Porto Editora, que é o que eu tenho. Mas aposto que já entrou nas edições mais recentes, porque parece que este dicionário não que perder peva da modernidade, e abre logo as pernas ao primeiro estrangeiro ou estrangeirismo que lhe aparece. E já se exibe no Aulete Digital. Seja o que for e como for, é só mais uma abominação ou — talvez pior — mais uma abdicação.
— Montexto
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