«Nos últimos dias, os pavilhões do salão de exposições nortenho ganharam a forma de um hipódromo em grande escala de modo a acolherem a maior prova hípica indoor que se realiza em Portugal: ao todo, foram transportados 60 camiões TIR de areia, 12 toneladas de palha e feno e 300 boxes para receberem os mais de 250 cavalos, avaliados em 18 milhões de euros, que vão participar na prova portuense, que este ano desceu um patamar em termos de prestígio competitivo como resultado da crise» («Dezoito milhões de euros em cavalos», Sérgio Pires, Diário de Notícias, 10.12.2010, p. 36).
Eu sei que se costuma dizer e escrever — mas usar o termo indoor parece-me subserviência no último grau, e até apetece dizer umas vernaculidades aliviadoras acerca disso. Então agora imaginem que eu traduzia «indoor training ring» por «picadeiro indoor». Qual é que era o homem sério que não deixaria escapar, pelo menos, um frouxo de riso? Boxes também já é um caso perdido. Os Ingleses, desimaginativos, têm caixas para os cavalos. Nós só cavalos de brincar enfiamos em caixas, quanto aos outros, é, e há muito tempo, em baias.
[Post 4180]
1 comentário:
Um post muito interessante. Não conhecia o termo "baia". Poderá ser usado para outros animais, como por exemplo para cães? É que nas exposições caninas houve-se "box" a torto e a direito e confesso que me fere um bocadinho o ouvido. Os canis também adoram o termo. É comum ouvir um proprietário de um canil (ou melhor, "hotel para cães") dizer que dispõe de X "boxes" individuais e não sei quantas "boxes" duplas.
Enviar um comentário