Ferreira Fernandes também está de parabéns, pois escreve Uagadugu e não — quelle horreur ! — Ouagadougou: «Lembrei-me do episódio quando, com as fugas do WikiLeaks, se discutiu agora a impertinência americana de pôr os seus diplomatas a fazer espionagem. Esqueçam a palavra feia, espionagem, dêem-lhe nome de nouvelle cuisine, “dados avulsos no seu leito de coisas da vida local”, mas a função dos nossos homens em Havana ou em Uagadugu foi sempre saber quantos enfermeiros há em N’giva ou se a Cristina Kirchner é maluca. Provavelmente o papel de um governante saudita (que passa por não permitir que o Grande Satã americano ataque um país islâmico) é não dizer ao embaixador dos americanos que gostaria de vê-los a bombardear Teerão» («Servir chá ou trabalhar», Ferreira Fernandes, Diário de Notícias, 6.12.2010, p. 52).
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