O obituário de hoje do Diário de Notícias tinha este título: «O mais moderado e diplomata dos três operacionais do 25A» (p. 43). Aposto, singelo contra dobrado, como alguns leitores ficaram de boca aberta e não souberam o que era aquele «25A». É contagioso e apareceu com o ataque às Torres Gémeas: a imprensa anglo-saxónica escreveu «9/11» e por cá achou-se isso a sofisticação máxima. Em 2004, com os ataques bombistas na estação de Atocha em Madrid, a imprensa da Península Ibérica escreveu «11-M». Há títulos mais estranhos, sem dúvida, como este da edição de hoje do Público: «Maurício rimou com eficácia em Vila do Conde» (p. 28). Só perguntaria que merda é esta se fosse malcriado.
[Post 4306]
3 comentários:
Chama-se a isto copiar com criatividade; podiam ter escrito 25/4 como os primeiros, ou 25-A como os segundos, mas preferiram ser originais: 25A. Ou então terá sido o próprio que, antes de morrer, quis que no seu obituário a data ficasse registada desta forma. Seja como for, contudo, penso que qualquer português percebe o significado naquele contexto.
RS
E "sofisticação, sofisticado, sofisticar", na acepção abifalhada com que a modernidade da última hora as dotou, essas é que não as admito nem à mão de Deus Padre.
- Montexto
Penso que a merda é grande e malcheirosa; e que tanto mais federá quanto mais mexermos nela. Deixe-se estar.
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