«Na arruada do fim da tarde, feita debaixo de chuva, em Setúbal, Francisco Lopes foi claro: “O Presidente não é um ‘dissolvedor’ ou um ‘demitidor’ de governos. Cada coisa a seu tempo!”» («“Presidente não é um ‘demitidor’ de governos”», Eva Cabral, Diário de Notícias, 11.01.2010, p. 10).
Camarada Francisco Lopes, ao indivíduo que demite, seja lá quem for, dá-se o nome de demissor.
[Post 4309]
3 comentários:
Ah! As coisas que se dizem para falar a língua do povo...
É sabido que a gramática constitui um dos últimos redutos de coerção social, de discriminação sexual, quase de fascismo.
Por exemplo, admite-se lá que a tais alturas da história, neste admirável mundo moderno, tão caroável de igualdade, liberdade e fraternidade (de paritária intersubjectividade, como ajuntaria um que eu cá sei), com ministros nomeados expressamente para zelar e promover princípios tão sadios, baste haver um elemento masculino num grupo com 2, 20, 200, 2000, e por aí fora, elementos femininos, para serem todos referidos muito gramaticalmente no género masculino?
Eis aí mais uma futura causa fracturante.
Não sei de que estão à espera os tais ministros para remediarem tal estado de coisas, de concerto com os seus colegas da educação ou da instrução.
Enquanto estes nada fazem, Francisco Lopes e outros igualmente mais esclarecidos e igualitários lá vão dando os seus pontapés na gramática, neste ou noutro aspecto... Não de todo imerecidos nem sem a sua razão e coerência.
- Montexto
E em vez de "dissolvedor" podia ter dito "dissolvente" ou, sei lá, "diluente"!!!
[ironia]
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