«O patriarca copta ortodoxo Chenouda III já garantiu que celebrará a missa de Natal como todos os anos. […] Ontem, talvez em consequência do reforço da segurança, concretizada num aumento dos controlos policiais junto às igrejas e a um aumento da vigilância em portos e aeroportos, a calma parecia começar a afirmar-se no Cairo e em Alexandria, embora nesta cidade um grupo de 30 cristãos tenha impedido que a equipa de renovação entrasse na igreja» («Egipto reforça segurança a igrejas em vésperas de Natal ortodoxo», Lumena Raposo, Diário de Notícias, 4.01.2011, p. 26).
Não seriam poucos os jornalistas que em vez de Chenouda III escreveriam Shenouda III, e em vez de controlos policiais optariam por checkpoints, que não poucos tradutores usam para «enriquecer» o texto. Pois.
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5 comentários:
E não se poderiam evitar também os controlos? Já sei que não: é mais que actual e moderníssimo.
E Chenouda não se dará o caso de poder melhorar para Chenuda? É só um palpite.
- Montexto
Chenuda não está mal pensado. Já quanto a controlo, será mais difícil. Verificação policial? Fiscalização policial? «Controlo» já é um galicismo domesticado, pior seria, convirá, «controle».
Convenho.
Mas nada de ceder a facilidades. Dantes prezava-se o autodomínio, o domínio de si, que um homem fosse senhor de si - «compos sui», como gravou Tito Lívio para a eternidade. Hoje já só se houve «autocontrolo» e, «horribile dictu», «autocontrolar-se».
Quanto a «u» por «ou», estou a lembrar-me da opção de Júlio Henriques na sua versão de «Mendigos e Altivos», do meu querido Alberto Cossery (um dos raros casos em que um título ganhou com a tradução), em grafar Nur EL Dine o nome da personagem que no texto é Nour El Dine.
- Mont.
no comentário acima, "ouve".
Obrigado ao leitor que interveio na hora H aspando-o.
Aqui ajuntei um «h» inadmissível, no comento a «Topónimos» omiti um «c» devido. «Mea culpa.»
- Mont.
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