Repita lá
No programa Páginas de Português desta semana, que acabei de ouvir, alguém (um actor, decerto) leu a carta premiada do mês, na rubrica «Uma Carta É Uma Alegria da Terra». O texto referia Alexandre Herculano. «Olha o Hérculano...», ouviu-se. Leiam e digam-lhe, por caridade.
[Post 4532]
10 comentários:
Carreguei na ligação, e fui dar a «paisagem».
«Paisagem», pronunciada «páisagem», é muito frequente não me lembra agora ao certo em que programa da culta da Antena 2 da rádio, mas aos fins-de-semana, em que muito se fala de «páisagens musicais». Sejamos porém justos: em geral é na Antena 2 que se ouve o melhor português, e mais bem pronunciado.
— Montexto
Infiro bem se inferir que Montexto pronuncia «pâisagem»?
E como pronunciará «pairar», «painel», «traidor», «traineira»?
Com «âi»?
Vamos buscar o trema?
Cumpts.
Não bastará termos passado a pronunciar ei como «âi»?
Isto na melhor hipótese. Já ouvimos (e recebemos) muitos bâjos.
Eu? Quando não me abandono à turba insensata, algo como «pa-ìságem».
— Montexto
«da culta Antena 2», melhor decerto.
- Mont.
E pâ-ïsano, Montexto? E pâ-ïsagista?
«Bâjos» por «beijos» não troco, não dou, não recebo. É mais uma de Lisboa, onde correcção a custo soa, e ao cheiro desta mistela a língua nos descorçoa (in memoriam do bom Sá).
— Mont.
Isso dos bâjos dos bajinhos grandes não sái se não sáum regionalismos de Cascais, sái láa!
Cumpts.
Nessas, talvez seja ou venha a ser caso para dizer... ai! ai! E por arrastão talvez também venha a acontecer nas outras. Já se viu pior. Coisas da luta pela vida, a que não escapam os próprios sons...
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Quanto aos Cascarejos, realmente também não são de fiar nestas coisas de prosódia. Têm lá um linguajar muito seu, com uns sons muito esprimidinhos, mas com tanto de fino como de mofino.
— Montexto
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