18.3.11

Locução adverbial

Outra vez

      «‘I don’t really think there’s anything peculiar about it,’ said his mother. ‘Bill gets sudden ideas, you know’» (The Circus of Adventure, Enid Blyton. Macmillan Children’s Books, 2007, p. 3). «— Não considero o caso extraordinário — disse a mãe. — Já sabes que Jaime pensa sempre nas coisas à última hora» (A Aventura no Circo, Enid Blyton. Tradução de Vítor Alves. Lisboa: Editora Meridiano, Limitada, 1969, p. 8).
      Talvez seja a terceira vez que, de uma forma ou outra, refiro aqui a expressão adverbial «à última (da) hora». Lembro-me de, num comento, Fernando Venâncio ter discordado de «à última hora» ser a forma recomendável. De vez em quando, é bom refrescarmos assuntos já debatidos. Hoje, a novidade (?) é confirmar que já em 1969 havia quem optasse pela forma sem preposição. Não me lembro se alguma vez Vasco Botelho de Amaral se referiu a esta questão linguística.

[Post 4580]


2 comentários:

Anónimo disse...

Lembro-me eu de a ver tocada, e talvez por Botelho de Amaral, mas como a livralhada me está longe (de linguagem terei meia dúzia de livros comigo), não posso precisar agora.
Mas, se não estou em erro, parece-me que se defendia que a forma primeira seria «à última hora», e «à última da hora» o fruto de uma analogia ou contaminação com outro caso ou modismo.
— Montexto

Anónimo disse...

Por exemplo, subentendendo-se e referindo-se a última badalada que acaba de dar a hora, e assim significando mais expressivamente que determinado sucesso aconteceu mesmo no último momento (da hora) em que podia ocorrer... Algo assim.
— Montexto