Purismo vs. pureza
Revisão de uma tradução do inglês. Demasiados «banais» por aqui. Hum... O bom Vasco, como diz Montexto, terá dito algo sobre isto? Decerto, pois, ainda que tenha escrito menos do que Enid Blyton, por exemplo, ainda assim não escreveu pouco. «A expressão artística muito ganha com a pureza. Não, porém, com o purismo. Pureza é virtude. Purismo é doença. Se as palavras tiverem artes de hipnotizar a força vernácula, que se há-de fazer?
Uma vez registei 7 palavras portuguesas para evitar banal. Note-se bem; para “evitar”. Não para expulsar. São elas: frívolo, fútil, correntio, corriqueiro, trivial, vulgar, usual. 7 palavras, 7 virtudes da nossa língua. Mas, se há 7 virtudes, também há 7 pecados, e há quem tenha 7 fôlegos. Por exemplo, o gato, e esta palavrinha banal, que não quer sair do nosso idioma» (Vasco Botelho de Amaral, Glossário Crítico de Dificuldades do Idioma Português. Porto: Editorial Domingos Barreira, 1947, p. 423).
[Post 4635]
1 comentário:
Purismo é isto... pureza é aquilo: para mim, nada mais que um jogo de vocábulos. Haja, sim, ciência da língua, consciência de si, sensibilidade e bom senso; o resto virá por acréscimo.
— Montexto
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