3.4.11

Linguagem

Há esperança

      Não sei se sou lido no Olimpo ou não, mas na sua crónica de hoje no Público Vasco Pulido Valente usa — santíssimo Senhor! — o mesmo número de aspas que eu usaria para escrever o mesmo. Temos homem. Temos génio. Para quem está afeito a zurzir em todos, muitas vezes por causa da linguagem, é, porém, um feito menor. Hoje desanca Pedro Passos Coelho e, a propósito dos «pilares», como no islão, escreve: «E, para ir abrindo o apetite à populaça, aprovou por unanimidade no PSD um documento em que definia “pilares” (“pilares”?) num calão indigno do 12.º ano, que não houve português que percebesse ou levasse a sério. De qualquer maneira, a unanimidade agradou a Passos Coelho, que desde pequeno não gosta de conflitos» («Retrato de um chefe», Vasco Pulido Valente, Público, 3.04.2010, p. 36).

[Post 4648]

1 comentário:

Anónimo disse...

Cuido que foi Platão que disse que não sabia de nenhum caminho certo para o bom êxito, mas conhecia um infalível para o malogro: tentar agradar a toda a gente. Ao menos parece que os passos de Coelho não o levam pelo tal caminho infalível, e assim já não se terá enganado em tudo.
— Montexto