«Queremos contar com o contributo de Portugal, de todas as ex-colónias africanas e do Brasil para podermos transformar este património de Cabo Verde, da lusofonia, em património da Humanidade. Nada melhor do que os próprios protagonistas do 25 de Abril poderem contribuir desta forma para a vivificação do espírito de Abril», afirmou o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, depois de ter («à margem», escrevem os periodiqueiros) participado ontem numa palestra na Associação 25 de Abril. Faltará uma acepção ao termo «lusofonia» registado nos dicionários? É que, de conjunto político-cultural dos falantes de português (na definição do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa), passou a designar os países em que se fala a língua portuguesa. É mais uma invencionice ou faz falta?
[Post 4695]
6 comentários:
Talvez falte ao Priberam a acepção tal como no Houaiss: "s.f. (d1950) 1 conjunto daqueles que falam o português como língua materna ou não 1.1 conjunto de países que têm o português como língua oficial ou dominante [A lusofonia abrange, além de Portugal, os países de colonização portuguesa, a saber: Brasil, Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe; abrange ainda as variedadades faladas por parte da população de Goa, Damão e Macau na Ásia, e ainda a variedade do Timor na Oceania.] ¤ etim luso- + -fonia"
Na livraria do Corte Inglês há um secção de «literatura lusófona», a par de «literatura estrangeira».
Duas categorias que só grosseiramente vão a par, com a agravante de "literatura", por natureza, não ser sonora.
Cumpts.
«“... transformar este património de Cabo Verde, da lusofonia, em património da Humanidade. Nada melhor do que os próprios protagonistas do 25 de Abril poderem contribuir desta forma para a vivificação do espírito de Abril”, afirmou o primeiro-ministro de Cabo Verde...»: vou acrescentar já, já, esta ao meu... Ia a dizer: deixai-me criar uma palavra, por uma vez sem exemplo nem reincidência, e contra todos os meus princípios e até religião... ao meu anedotário; mas depois abri a 8.ª do da Porto Ed., e vejo que já lá está. Tenho reparado que ultimamente pululam muitas vozes em ...ário: exempli gratia o Milagrário, de Agualusa — uma boa anedota, diga-se de passagem, mas que me custou mais de 3 contos. Mau negócio porque todos os dias mas contam melhores e mais baratas.
— Montexto
Abençoados lusofonenses.
Aí está Portugal despidinho de identidade para servir a farpela da História aos agravados.
O rei vai nu.
Cumpts.
Por natureza, a literatura não é, de fato, sonora; mas já existem livros gravados para serem ouvidos por pessoas cegas. À parte, a polêmica sobre o termo 'lusofonia'.
nice post. thanks.
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