Mas depressa
Em inglês: «Ar, come ’ead, Camilla, just give us a li’l blowie.» Em português (mas com um erro): «Ah, ‘bora lá, Camilla, faz-me um brochesinho.» É óbvio que é com z, matéria comezinha mas afinal mal sabida ou ignorada mesmo por quem vive da escrita, da tradução. A questão, por ora, é diversa. Às paroxítonas terminadas em /i/ junta-se o sufixo –zinho (bule → bulezinho), e mais raramente, -inho (não vamos agora discutir se se trata de dois sufixos ou de um e sua variante), como em dente → dentinho. Em teoria, admitir-se-á brochinho. Falta saber se alguém usará este diminutivo. Voltarei ao tema, que já abordei aqui.
[Post 4683]
Só hoje descobri que a TVG, televisão galega, tem um programa diário (!) de cinco minutos, Ben Falado!, dedicado à língua, que já vai quase em 500 emissões. Já está aqui na barra ao lado.
3 comentários:
Neste contexto, é natural que o assunto não desperte qualquer curiosidade. Afinal, quem é que poderá estar minimamente interessado num brochezinho? Venha um broche, e sem diminutivos! Claro que, se estivermos a referir-nos a um adorno ou a uma jóia, a questão já é pertinente.
RS
P.S. É curioso verificar que muitos dicionários ignoram a acepção sexual do vocábulo (veja-se o Aulete Digital, por exemplo). Será que os nossos amigos brasileiros desconhecem esta acepção?
Acabo de ler o seu texto para onde remete a ligação, e que ainda não conhecia, porque não passei dos de Março de 2007.
Concordo com a lição nele expendida (que é também a de Costa Leão no seu belo Prontuário, e em que não rastreio excesso algum de purismo) até chegar à de Castro Pinto (também comprei o deste — nunca são de mais, completam-se uns aos outros, como os dicionários e as gramáticas, e aliás tudo em geral), que por isso não sigo.
— Montexto
Apenas o Houaiss registra, e como lusismo; aqui não se conhece com esse significado.
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