Cala a boca
É muito estranho que numa revista como a Crescer com Saúde, do grupo Impala, uma revista dedicada, como o nome sugere, exclusivamente às crianças, não se escreva correctamente a palavra «bolçar». Na secção de cartas dos leitores, não apenas não corrigiram o que um leitor escrevia, como também na resposta deram o mesmo erro: «Por sua vez, o bolsar não tem qualquer importância, já que faz parte da imaturidade do sistema digestivo» (Crescer com Saúde, Junho de 2007, p. 90). Bolsar, já aqui o escrevi uma vez, significa fazer bolsos e foles (um vestido mal talhado, por exemplo). Deveriam ter escrito «bolçar», isto é, vomitar. Bolçar e vomitar provêm do mesmo étimo latino, sendo assim palavras divergentes ou alótropos. Através de vários fenómenos fonéticos, de vomitiare (intensivo de vomere) chegou-se a bolçar. Esta última costuma aplicar-se mais às criancinhas de colo. Voltei à questão porque ainda recentemente vi o mesmo erro numa tradução de um tradutor conceituado. Algo está mal.
É muito estranho que numa revista como a Crescer com Saúde, do grupo Impala, uma revista dedicada, como o nome sugere, exclusivamente às crianças, não se escreva correctamente a palavra «bolçar». Na secção de cartas dos leitores, não apenas não corrigiram o que um leitor escrevia, como também na resposta deram o mesmo erro: «Por sua vez, o bolsar não tem qualquer importância, já que faz parte da imaturidade do sistema digestivo» (Crescer com Saúde, Junho de 2007, p. 90). Bolsar, já aqui o escrevi uma vez, significa fazer bolsos e foles (um vestido mal talhado, por exemplo). Deveriam ter escrito «bolçar», isto é, vomitar. Bolçar e vomitar provêm do mesmo étimo latino, sendo assim palavras divergentes ou alótropos. Através de vários fenómenos fonéticos, de vomitiare (intensivo de vomere) chegou-se a bolçar. Esta última costuma aplicar-se mais às criancinhas de colo. Voltei à questão porque ainda recentemente vi o mesmo erro numa tradução de um tradutor conceituado. Algo está mal.
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