Era bom, era
Nem sempre os dicionários são oráculos. Quase todos os dias os revisores e os tradutores deparam com termos que têm de adaptar à língua portuguesa, pois não estão registados em nenhum dicionário. Por falta de tempo, não podem pedir parecer a nenhuma entidade (e qual?) nem trocar impressões com colegas de profissão (e quereriam estes abrir os cordões da sua sabedoria, tão arduamente granjeada?). Foi neste contexto que me ocorreu que devia existir um sítio na Internet em que tradutores, revisores e leitores fossem registando os termos, em especial os ligados à ciência, que todos os dias, sim, todos os dias, vão entrando na língua por via da tradução. Todos ficaríamos a ganhar.
Esta semana, por exemplo, que estou a rever uma obra de divulgação científica muito aguardada, vi pela primeira vez, entre outros, os termos nanobot (amálgama de nano+robot), que foi vertido para nanobô; sparticle (de superparticle), que ficou spartícula; decoherence, vertido para descoerência. Exemplos comezinhos, estes, que até já andam por aí. O único que poderia oferecer alguma dúvida era o sparticle. Mas rail guns, como se traduz? O tradutor optou por armas electromagnéticas. E ramjet fusion engines, como será? Estarorreactores de fusão. Eram estes e muitos outros termos que eu gostaria de ver reunidos num único sítio.
Nem sempre os dicionários são oráculos. Quase todos os dias os revisores e os tradutores deparam com termos que têm de adaptar à língua portuguesa, pois não estão registados em nenhum dicionário. Por falta de tempo, não podem pedir parecer a nenhuma entidade (e qual?) nem trocar impressões com colegas de profissão (e quereriam estes abrir os cordões da sua sabedoria, tão arduamente granjeada?). Foi neste contexto que me ocorreu que devia existir um sítio na Internet em que tradutores, revisores e leitores fossem registando os termos, em especial os ligados à ciência, que todos os dias, sim, todos os dias, vão entrando na língua por via da tradução. Todos ficaríamos a ganhar.
Esta semana, por exemplo, que estou a rever uma obra de divulgação científica muito aguardada, vi pela primeira vez, entre outros, os termos nanobot (amálgama de nano+robot), que foi vertido para nanobô; sparticle (de superparticle), que ficou spartícula; decoherence, vertido para descoerência. Exemplos comezinhos, estes, que até já andam por aí. O único que poderia oferecer alguma dúvida era o sparticle. Mas rail guns, como se traduz? O tradutor optou por armas electromagnéticas. E ramjet fusion engines, como será? Estarorreactores de fusão. Eram estes e muitos outros termos que eu gostaria de ver reunidos num único sítio.
6 comentários:
"deparam com" (que é também como eu escrevo), ou "se deparam com", que é agora uma espécie de norma para o uso do verbo deparar?
Ambas as formas são correctas.
desconfio de nanobô como tradução de nanobot. faz todo o sentido se se partir da etimologia da palavra, no entanto o uso do termo nanobot, em que se lê o t, está já bastante generalizado pelo que a adopção de nanobô talvez venha a tornar-se difícil.
neste caso, não seria melhor seguir o que a comunidade científica já adoptou e talvez aportuguesar nanobot como nanobote? ou, talvez preferível, usar simplesmente nanorobô (que creio que não é novidade nenhuma)?
quanto à ideia dum sítio onde novos termos (em especial científicos) possam ser reunidos, louvo-a e permito-me acrescentar a necessidade de uma colaboração com especialistas da matéria a ser traduzida, e não apenas especialistas da língua. encontram-se muitas gralhas (algumas bastante graves) que poderiam ter sido facilmente evitadas por um revisor científico - não sei se a expressão existe, mas parece-me apropriada.
cumprimentos
no comentário que fiz acima, teria de se escrever nanorrobô ou nano-robô ou nem sei... como é que ficaria cumprindo o novo acordo ortográfico?
O nanorobô (ou nano-robô) já se usa.se são a mesma coisa para quê ir buscar novo termo, só para seguir o americano?
Com e sem acordo, nanorrobô.
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