9.4.09

Substantivos sigmáticos

E se eles não sabem?...



      «Marguerite, a baronesa de Reuter, a última sobrevivente da família que fundou a agência internacional de notícias Reuters, faleceu ontem, aos 96 anos, num lar de idosos francês na fronteira com o Mónaco. Mecena das artes, Marguerite era viúva de Oliver, quarto barão de Reuter, cujo avô Paul Julius Reuter fundou a agência» («Baronesa de Reuter morre em França», Diário de Notícias, 26.01.2009, p. 56).
      Pode ser gralha, sim, mas quem sabe? O substantivo assinalado é sigmático, isto é, termina em s, como lápis, pires, ténis. Conceito diferente dos pluralia tantum, de que já aqui falei uma vez, que são palavras usadas apenas no plural, como afazeres, algemas, alvíssaras, anais, antolhos, armas (brasão), arras, arredores, avós (antepassados), belas-artes, belas-letras, calças, calendas, cãs, cócegas, confins, costas, endoenças, esponsais, exéquias, férias, fezes, hemorróidas, idos, maiores (antepassados), matinas, núpcias, óculos, olheiras, parabéns, penates, pêsames, primícias, suíças, trevas, vísceras, víveres… Como também há os singularia tantum, palavras usadas apenas no singular, como sucede com as palavras que expressam ciências e artes (arquitectura, pintura), os nomes dos minerais (ouro, prata), o nome de produtos animais ou vegetais (leite, manteiga), o nome das virtudes ou vícios (caridade, malvadez), o nome de substâncias inorgânicas (azoto, oxigénio), os nomes abstractos (brancura, nobreza), alguns colectivos (prole, plebe), etc.


Sem comentários: