19.5.09

Sobre «capô»

Imagem: http://classic-car.y2u.co.uk/

Encobre o motor



      «O Ford Anglia azul-claro, com os seus horríveis assentos de plástico barato, capot estreito, grandes guarda-lamas dianteiros e faróis que pareciam olhos de sapo, vomitou nuvens de fumo pelo caminho todo» (Filho de Ninguém, Michael Seed. Tradução de Mário Matos e revisão de Luís Milheiro. 3.ª ed. Lisboa: QuidNovi, 2008, p. 93). Havia de ser o modelo «E494A» do Ford Anglia, que foi produzido entre 1949–1953. Ainda me lembro de um tio paterno ter comprado, nos anos 80, um Ford Anglia, modelo «105E», que tinha sido deixado de ser produzido em 1967. Para mim, era de longe o carro mais feio que alguma vez tinha visto. Como se vê, o tradutor optou por usar o termo francês capot. No entanto, no Dicionário de Português-Inglês da Porto Editora, não aparece o termo «capot» (nem «capô»), mas sim «capota», referindo o dicionário que em inglês é hood (of a motor-car). E depois regista duas expressões: capota de caleche: calash; e capota de motor: motor cowling». No Dicionário Inglês-Português, se consultarmos o verbete «hood», podemos ler: «Estados Unidos da América (automóvel) capô».

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