Propaganda obscura
Ao dobrar da esquina, deparo com um homem, a rondar os 60 anos, obviamente dado à monologia (ver dicionário), especado em frente de um cartaz do MPT: «Veja-me isto: “Libertas para a Europa”. Mas que querem eles dizer com isto? Só tenho a antiga 4.ª classe, mas fui professor primário em Timor. Sei muito bem o que é uma liberta: é a escrava que obteve carta de alforria — sabe o que significa “alforria”? Isto não tem pés nem cabeça!» Expliquei-lhe o que era o Libertas. Disse-lhe mesmo que quem fala de libertas, com licença, fala de sanitas. E de veritas. E de caritas. Despejei-lhe mais algum latim para cima, mas concordei com o meu ocasional interlocutor: este cartaz de propaganda do Partido da Terra não é de imediata compreensão.
Ao dobrar da esquina, deparo com um homem, a rondar os 60 anos, obviamente dado à monologia (ver dicionário), especado em frente de um cartaz do MPT: «Veja-me isto: “Libertas para a Europa”. Mas que querem eles dizer com isto? Só tenho a antiga 4.ª classe, mas fui professor primário em Timor. Sei muito bem o que é uma liberta: é a escrava que obteve carta de alforria — sabe o que significa “alforria”? Isto não tem pés nem cabeça!» Expliquei-lhe o que era o Libertas. Disse-lhe mesmo que quem fala de libertas, com licença, fala de sanitas. E de veritas. E de caritas. Despejei-lhe mais algum latim para cima, mas concordei com o meu ocasional interlocutor: este cartaz de propaganda do Partido da Terra não é de imediata compreensão.
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