4.7.09

«Coibir de»

Não te coíbas de escrever

      «Mais pragmático e directo, na cerimónia, foi o director nacional da PSP, superintendente chefe Oliveira Pereira, que nem se coibiu em sair do palanque para ajudar na organização do desfile» («PSP apresentou novos ‘agentes voadores’», Licínio Lima, Diário de Notícias, 3.07.2009, p. 18). Licínio Lima queria escrever superintendente-chefe. À semelhança, já aqui o vimos recentemente, de comandante-chefe, economista-chefe, enfermeiro-chefe, escuteiro-chefe, inspector-chefe, patologista-chefe… O que me levou a escrever, contudo, foi aquele «coibiu em». Na verdade, a regência do verbo não é essa, mas coibir de. Não é preciso reinventar, transgredindo, a língua todos os dias, basta estudar e ler.

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