16.8.09

Como se escreve nos jornais

Em bruto, não


      «“Vai ser uma poule complicada, mas, como sempre, temos de acreditar que, dentro das nossas possibilidades, é possível o apuramento”, sublinha o jogador do Friedrichshafen, para quem a Bulgária é a principal favorita.» Alguns jornalistas não encontram o meio-termo entre deixarem um entrevistado exprimir-se de forma inverosímil (o caso mais recente é o de Cristiano Ronaldo, que parecia um professor catedrático de Filosofia) e limitarem-se a transcrever a entrevista. É claro que o que o entrevistado diz, seja futebolista, seja escritor, é para ser editado. Se o jornalista deixar a entrevista pejada de erros de toda a espécie, com trechos simplesmente incompreensíveis, o revisor pode fazer muito, mas não fará milagres. A ajudar, só um facto: a maioria dos jornalistas é mais ciosa dos títulos e antetítulos do que do corpo da peça. Uma questão de orgulho e identidade...


Sem comentários: