22.12.09

Discurso dos futebolistas

Autenticidade controlada    


      Na cerimónia de entrega do Prémio Puskas, atribuído pela FIFA, Cristiano Ronaldo declarou: «Na verdade, eu não estava à espera de ganhar nada hoje, para ser sincero. Mas, para mim, é um orgulho receber este prémio. A meu ver, foi um grande golo, e no qual adorei ter marcado, como já referi muitas vezes. E, bom, estou muito feliz.» Sem o filtro da imprensa, o discurso de Cristiano Ronaldo é assim e não de uma limpidez e ultracorrecção invulgares, como vimos numa entrevista que deu ao jornal Público e que aqui referi (desmascarei). Há-de haver, e só é pena que os jornalistas ainda o não tenham encontrado, um meio-termo entre a forma atabalhoada, agramatical, como a maioria dos futebolistas se exprime e o discurso fluido, perfeito, concatenado que, por vezes, os jornais atribuem aos ídolos contemporâneos.


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