«Lashof incitava as pessoas — em particular, aquelas com proventos modestos e fixos — que se sentiam inclinadas a gastar o seu dinheiro em produtos como o ginkgo (próximo dos três mil milhões de dólares em 2005, só nos Estados Unidos), a pouparem-no para os inevitáveis dias nubelados de doença e debilidade, em que poderiam vir a necessitar de um médico, que poderia ter de passar uma receita para um medicamento legítimo e, embora ela não o tenha dito, dispendioso» (Já não Me Lembro do Que Esqueci, Sue Halpern. Tradução de Pedro Vidal da Silva e revisão de Lídia Freitas. Lisboa: Estrela Polar, 2009, p. 171).
Talvez na pronúncia possa ocorrer epêntese (metaplasmo por acréscimo que consiste em inserir-se fonema no meio de um vocábulo), ou anaptixe*, pois de uma vogal falamos, mas o fenómeno não se estende à forma escrita. Se o étimo é o latino nubĭlo, ās,āvi, ātum, āre, certo é que se fixou na língua por um fenómeno fonético contrário a esse. A pronúncia popular, em especial no português do Brasil, é que é pródiga neste fenómeno: mais por mas, veiz por vez, pineu por pneu...
[Post 2964]
* Há dífono aqui: /anapticse/.
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