«Desde 2001 que os talibã dispõem de bombas artesanais, IED na sigla inglesa (Improvised Explosive Device), que têm sido colocadas nas bermas das estradas» («Adeus até ao meu regresso», Tiago C. Esteves, Metro, 2.2.2010, p. 3).
Isto faz algum sentido, aportuguesar pela metade? Onde está a marca do plural? Mal por mal, prefiro a forma como o Público grafa a palavra: «Esta ofensiva foi iniciada dois dias depois de os EUA terem criticado fortemente um acordo de cessar-fogo negociado em Fevereiro entre Islamabad e os rebeldes, ao abrigo do qual o Governo concedeu que os taliban aplicassem a lei islâmica (sharia) na região de Swat» («Exército paquistanês diz ter morto 160 rebeldes na ofensiva contra os taliban em Swat», Público, 9.05.2009, p. 14).
Aportuguesamento consequente é o do Diário de Notícias, ainda hoje, pese embora a correcção linguística ter deixado de ser uma prioridade desta publicação, o jornal com soluções mais acertadas. «A intervenção do Presidente afegão surge num momento em que as forças da NATO desencadearam uma importante ofensiva no Sul do país — considerado um dos bastiões dos talibãs — para o subtrair ao controlo de facto dos islamitas, entrando em zonas onde o Governo de Cabul não tem meios para fazer sentir a sua presença» («Karzai adverte Ocidente para fracasso afegão», Abel Coelho de Morais, Diário de Notícias, 23.06.2006, p. 11).
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2 comentários:
Gostei do esclarecimento. Obrigado.
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