«Gostaria de saber a sua opinião», escreve-me um leitor, «sobre se é aceitável aportuguesar Vietcong para Vietcongue e, em caso afirmativo, declinar o número. Já agora, se sim ou não, quando se trata de referir o movimento, se deve usar maiúscula.»
Aceitável e recomendável. Assim, Vietcongue, Vietcongues, vietcongue. E é mesmo a prática de alguns jornais, nas raras ocorrências do vocábulo, como o Diário de Notícias e o Público. Numa edição da revista Paralelo (n.º 2, Primavera-Verão, 2008, p. 27), da FLAD, lê-se num artigo («Obama combate Hillary com tesouraria virtual») assinado pelo jornalista Filipe Vieira: «Prisioneiro de guerra no Vietname, aquele senador [John McCain] esteve cinco anos detido na famigerada prisão vietcongue ironicamente conhecida como “Saigon Hilton”, onde lhe partiram os dois braços, de tal forma que ainda hoje não os consegue sequer levantar para se pentear.» Usa-se para designar o movimento e os elementos da autodenominada Frente Nacional para a Libertação do Vietname do Sul. O termo, que significa «comunista vietnamita», era considerado pejorativo pelos visados, que afirmavam ter entre eles guerrilheiros não comunistas.
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