13.3.10

Verbo «colocar»

De quem não ama a língua


      «Portugal espera convencer os países participantes na 15.ª Conferência sobre o Comércio Internacional de Espécies (CITES), que começa hoje no Qatar, de que pesca artesanalmente o atum rabilho e que, por isso, não coloca a espécie em risco. De acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade [ICNB], a CITES é “um acordo internacional ao qual os países aderem voluntariamente”» («País garante sobrevivência do atum rabilho», Correio da Manhã, 13.3.2010, p. 19).
      Por onde começamos? Pelo título. Tendencialmente, a imprensa vai adoptando o hífen para ligar os nomes compostos que designam espécies botânicas e zoológicas, alteração que já aqui saudei. Sobre este mesmo assunto, o Diário de Notícias, por exemplo, grafa atum-rabilho (e até diz que também é conhecido por atum-vermelho). Também no sítio do Oceanário surge com hífen. Mas não era disto, juro, que queria falar, antes denunciar, mais uma vez, o uso do verbo colocar. Jornalistas e revisores estão apostados em descaracterizar a língua.

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