«Recorde-se que, no início deste mês, Gascoigne foi detido por duas vezes pela polícia de Yorkshire, alegadamente por uma altercação num estabelecimento de comida para levar para fora e por estar a conduzir sob o efeito do álcool, acompanhado por outro indivíduo não identificado» («Paul Gascoigne é um sem-abrigo e pediu casa à associação de atletas», Madalena Esteves, Diário de Notícias, 18.2.210, p. 38).
O jornal The Independent, por exemplo, noticiava: «The former Newcastle and Tottenham midfielder was taken into custody last night after police were called to a disturbance at a takeaway in Leeming Bar, North Yorkshire.» Vá lá, a jornalista foi sensata e não usou o termo inglês. Num texto de Fernando Venâncio Peixoto da Fonseca, «O positivo e o negativo do Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa», este consultor do Ciberdúvidas escreveu: «Takeaway podia muito bem ter-se transformado em pegue e pague (nome que já vimos em tabuleta duma loja algarvia, embora grafada “Peg e Pag”, se não estamos em erro).» Porque havemos de copiar a expressão inglesa? Não é raro ver-se nestes estabelecimentos uma tabuleta com os dizeres «Comida para fora».
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1 comentário:
Pela semelhança com o inglês dos americanos (to go), usa-se muito no Brasil a expressão "para viagem", referindo-se à comida, digamos, "prêt-à-porter"(desculpe a analogia pedante). Quanto aos nomes de mercados (lojas), temos também Peg-Pag e Pague-Leve.
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