«Não acordo senão às dez, a tremer nos meus jeans e camisola no sofá, com uma luz forte de Inverno a derramar-se sobre mim através da janela da cozinha» (O Fim do Senhor Y, Scarlett Thomas. Tradução de Inês Castro e revisão de Duarte Camacho. Lisboa: Círculo de Leitores, 2008, p. 169). «Apanha-o e guardo-o no bolso das minhas jeans» (ibidem, idem, p. 185).
Passado um ano, volto a esta questão do género de jeans. Contudo, agora não é para assinalar a desconformidade entre o que registam os dicionários e o uso na escrita, mas a incoerência de uso na mesma obra, uma tradução, mais uma vez. E, ao contrário do que prometia um leitor, os dicionários da Porto Editora não passaram a classificar jeans (nem pop) como substantivo de dois géneros.
[Post 3383]
2 comentários:
Lembro-me que se discutiu essa questão e que assim ficou na colecção Dicionários Modernos (tenho quase a certeza). No entanto, o dicionário da colecção Editora e, por consequência, o da infopédia, sofria (não sei se ainda é assim) de constrangimentos que o tornavam difícil de actualizar.
Jeans? Na minha terra (V. N. Gaia), nunca ouvi chamar-lhes outra coisa do que "calças de ganga".
Enviar um comentário