27.5.10

Uso das aspas

Para rir


      «Alguns dias depois, estava a examinar um dos sinistrados do descarrilamento de um “americano” quando um servente o interrompeu» (Mataram o Sidónio!, Francisco Moita Flores. Revisão de Ayala Monteiro. Lisboa: Casa das Letras, 2010, p. 135).
      A regra, para quem usa as aspas nestas circunstâncias, parece ser a de que, a partir da primeira acepção de qualquer vocábulo, se tem de grafar sempre os vocábulos entre aspas. Neste caso, as aspas em «americano» (carro que se desloca sobre carris de ferro, movido por tracção animal ou eléctrica) são como que os pára-choques do veículo. (Mas se estivermos a reproduzir um diálogo de dois bêbados que falam dos pára-choques de uma mulher, já se tem de usar as aspas.) É assim? Não sejam ridículos.

[Post 3510]

1 comentário:

Francisco disse...

Para rir se não fosse tão triste! Cada vez se publicam mais livros em Portugal, mas cada vez se escreve pior em Portugal. Ou vice-versa. Venha o diabo e escolha.