22.9.10

«Replicar», de novo

Vamos ver


      Não se trata propriamente de um uso espraiado, mas, depois de já aqui o termos visto num artigo do Diário de Notícias, ei-lo no Público: «O secretário de Estado dos Transportes, Carlos Correia da Fonseca, defendeu mesmo, na apresentação do projecto, que esta “solução inovadora” deve ser replicada pelo país» («Autarquia da Amadora e imobiliária vão fazer do Dolce Vita Tejo um interface de transportes», Inês Boaventura, Público, 22.09.2010, p. 27).
      Talvez valha mais a pena dizer duas coisas de interface. Primeira: neste momento, é consensual que o género de «interface» é feminino. Segunda: há muito que é assumida, decerto que devido aos elementos latinos por que é formada, como palavra portuguesa. Logo, é dispensável o itálico.

[Post 3896]

1 comentário:

R.A. disse...

Na entrada sobre este tema, com o título “«Replicar», anglicismo”, no Assim Mesmo de 28 de março de 2010, há um comentário de Jorge que chama a atenção para a aceção “cópia” da palavra “réplica” e daí vir a explicação para o uso científico, jornalístico e vulgar de “replicar” como equivalente a “copiar”.
Não me parece mal.
O nosso estimado Helder Guégués acha assim tão grave esta aceção?
É que o dicionário Priberam aceita “replicar” como verbo tr. e pron.: «Repetir ou repetir-se por reprodução ou multiplicação. = REPRODUZIR»,sendo verdade que a Infopédia da Porto Editora o não prevê mas que o Houaiss sim.
PS: dispense, por favor, comentários “antibrasileiros” (ou antiestrangeirismos primários, tipo Montexto).